O Câncer de mama é uma doença multifatorial, que sofre influência de fatores ambientais e comportamentais como obesidade e sobrepeso, inatividade física, tabagismo, consumo de bebida alcoólica, exposição radiação ionizante, história reprodutiva e hormonal, fatores genéticos e hereditários. A idade também é um fator predominante, sendo que 4 de cada 5 casos ocorre em mulheres com idade igual ou superior a 50 anos. Existem marcadores no desenvolvimento que vão desde da concepção, com a limitação de fornecimento de nutrientes necessários para o crescimento, exigindo adaptação do organismo, podendo permanecer até a vida adulta, contribuindo para maior susceptibilidade de doenças cardiometábolicas e o câncer, no entanto essa relação com o risco tardio de câncer ainda precisa ser determinado.
A detecção precoce do câncer de mama possibilita o uso de tratamentos menos agressivos e efetivo, o autoexame é fundamental para o diagnóstico precoce, sendo que a maioria dos canceres de mama são descobertos inicialmente pelas próprias mulheres, o que deixa claro a necessidade da mulher saber reconhecer as características do seu próprio corpo.
Sinais e sintomas: nódulo ou caroço fixo e indolor, pele da mama avermelhada, retraída ou com aparência de casca de laranja, alteração do mamilo, pequenos nódulos nas axilas ou pescoço, saída espontânea de líquidos pelo mamilo. Em caso de observância destes sintomas deve-se procurar ajuda de serviços de saúde para avaliação diagnóstica.
Para a prevenção de câncer de mama podemos focar nos fatores modificáveis e preventivos, como a prática de atividade física, manter o peso corporal adequado, adotar alimentação saudável e adequada ingestão de nutrientes, amamentar, e evitar o consumo de bebidas alcoólicas e não fumar. As estatísticas demonstram que aproximadamente 30% dos casos de câncer de mama poderiam ser evitados com a prática de hábitos de vida saudáveis.
A nutrição adequada desempenha um papel importante na prevenção do câncer de mama e no tratamento. Na prevenção é importante manter uma dieta balanceada, rica em frutas, verduras e legumes, e gorduras boas, fonte de fitoquímicos substâncias que possuem atividade antitumorigência como fibras, carotenoides, ditioltionatos, isotiocianatos, flavonoides e fenóis. Antioxidantes como vitamina E e C, selênio e folato e anti-inflamatórios como Ômega 3.
Durante o tratamento, deve-se favorecer aporte nutricional adequado para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente, evitando caquexia, baixa imunidade, auxiliando para um prognóstico positivo.
Na minha prática clínica, após avaliação e análise de exames bioquímicos a suplementação de nutrientes muitas vezes se faz necessária para correção de carências nutricionais favorecendo a prevenção, manutenção ou recuperação do estado nutricional dos pacientes.
Fonte: inca.gov.br